domingo, 22 de agosto de 2010

Ao som de um Blues amargo.


(Isabela Lauar)
Paro na janela em uma tarde fria de domingo,
acendo um cigarro e me sirvo uma dose,
pode ser um wisky barato, desde que venha me curar.
Me tirar essa angústia do peito, me levar pra longe.
Suturar as feridas quentes de desejo.
Embaçar o olhar louco de incerteza e solidão.
Ao som de um blues amargo, me vejo entrando em êxtase.
Forjando sonhos mal sonhados, desobedecendo as leis.
Tudo está me atacando, eu estou me atacando.
Tanta ansiedade, me leva ao ápice de loucura.
permaneço imóvel sobre a janela.
Vendo os carros correrem por entre as ruas.
Pensando em me jogar num cruzamento,
e sentir a adrenalina correndo entre minhas veias.
Ter prazer e medo pra poder me sentir viva.

Nenhum comentário:

Postar um comentário